Maureen O'Hara nasceu na Beechwood Avenue, localizada em Ranelagh, subúrbio irlandês. Seu nome de batismo é Maureen FitzSimons. Ela tem cinco irmãos, Peggy, Charles, Florrie, Margot e Jimmy, sendo a segunda filha mais velha.
O pai dela era um empresário do ramo de roupas, que também comprou o Shamrock Rovers Football Club, time que a atriz apoiou desda a infância. Sua mãe, uma ex-contralto de óperas, era uma costureira de trajes femininos bem sucedida. O'Hara foi criada como católica, religião que continuou seguindo.
Maureen O'Hara frequentou a Abbey Theatre, uma escola de representação, e a Ena Mary Burke School of Drama and Elocution, em Dublin. Nessa época, ela sonhava em ser uma atriz de teatro. Dos seis aos dezessete anos, ela recebeu treinamento em drama, canto e dança. Aos dez anos, ela entrou para a Rathmines Theatre Company, onde atuava em peça amadoras.
O pai de O'Hara era um homem muito prático que não apoiava completamente as aspirações teatrais dela. Ele insistiu que ela aprendesse alguma coisa para o caso de sua carreira como atriz não desse certo. Então, ela se matriculou em uma escola de negócios e tornou-se uma eficiente contadora e datilógrafa.
Tais habilidades vieram a ser úteis anos mais tarde, quando ela precisou transcrever notas de John Ford sobre a adaptação cinematográfica de O Homem Tranquilo, conto de Maurice Walsh. Ela se saiu bem em seu treinamento na escola Abbey, por isso ganhou a oportunidade de fazer um teste em Londres para o cinema.
Em 1938, ela fez uma ponta em seu primeiro filme (Kicking the Moon Around), em Londres. No ano seguinte contracenou com Charles Laughton em
A Estalagem Maldita, de Alfred Hitchcock. Fascinado pela ruiva de olhos verdes, Laughton levou-a para Hollywood, onde voltaram a atuar juntos no clássico
O Corcunda de Notre Dame, baseado na obra de Victor Hugo.
O’Hara entrou para a história como a mais sedutora intérprete de Esmeralda nas telas. Foi a favorita de John Ford, que dirigiu-a em
Como Era Verde o Meu Vale (1941) e A Paixão de uma Vida (1955), além de Rio Bravo (1950), Depois do Vendaval (1952) e Asas de Águias (1957), nos quais formou par romântico com John Wayne.
Maureen também trabalhou com Wayne em Quando um Homem É Homem (1963) e Jake Grandão (1971).
Em 1939, aos 19 anos de idade, ela casou-se com George H. Brown, um produtor, assistente de produção e ocasionalmente roteirista, cujo trabalho mais conhecido foi o filme da década de 1960 Murder She Said, adaptação das histórias de Miss Marple.
O casamento foi anulado em 1941. Nesse mesmo ano, ela se casou com William Houston Price, um diretor de filmes que havia trabalhado no set de O Corcunda de Notre Dame, mas o casamento chegou ao fim em 1953 devido aos problemas de Prince com alcóol.
Da união nasceu Bronwyn FitzSimons Price, nascida em 1944, única filha de O'Hara. De 1953 até 1967, O'Hara teve um relacionamento com Enrique Parra, político e bancário mexicano.
Em sua biografia, ela escreveu sobre ele: "Enrique me salvou da escuridão de um casamento abusivo e trouxe-me de volta à luz calorosa da vida. Deixá-lo foi uma das coisas mais difíceis que tive de fazer."
Casou-se depois com Charles F. Blair Júnior, seu terceiro marido, em 12 de março de 1968. Blair era um pioneiro na indústria transatlântica de aviação, um ex-brigadeiro da Força Aérea dos Estados Unidos e piloto chefe aposentado da Pan Am.
Alguns anos após o seu casamento, O'Hara aposentou-se da carreira como atriz. Em 1978, Blair morreu em decorrência de um acidente aéreo. O'Hara, então, foi eleita CEO e presidente da Antilles Airboats, com a distinção de ser a primeira mulher a presidir uma empresa área regular nos Estados Unidos. Mais tarde, ela vendeu a companhia com a permissão dos acionistas.
O'Hara permaneceu aposentada até 1991, quando voltou a atuar no filme Mamãe Não Quer Que Eu Case, interpretando Rose Muldoon, a mãe dominadora de um policial da cidade de Chicago interpretado por John Candy.
Nos anos seguintes, ela atuou em vários filmes feitos para a televisão. Entre eles, The Christmas Box, Cab for Canada e The Last Dance, o último de seus filmes, que foi lançado em 2000.
Maureen faleceu em sua casa, em Boise, aos 95 anos, de causas naturais, segundo comunicou sua família em 24 de outubro de 2015. Sepultada no Cemitério Nacional de Arlington. Segundo o seu manager, John Nicoletti, morreu rodeada pela família e a ouvir "a sua música preferida", exatamente do filme O Homem Tranquilo.
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