Marie-Georges-Jean-Méliès
Nascimento: 08 de dezembro de 1861
Falecimento: 21 de janeiro de 1938 (76 anos)
Origem: Paris, França
Marie-Georges-Jean-Méliès era um dos mais famosos mágicos ilusionistas da França, dono do teatro “Robert-Houdin”. Foi convidado pelos irmãos Lumière para a sessão no Grand Café em 1895 aonde foi apresentado pela primeira vez ao público o cinematógrafo.
Méilès se encantou pela invenção e propôs a a compra de um equipamento,porém os Lumière não tinham intenção e comercializar sua máquina. Ele precisou então adquirir um protótipo criado pelo cinematógrafo inglês Robert William Paul. Então se entusiamou intensamente e saía filmando cenas do cotidiano pelas ruas de Paris.
Um dia sua câmara parou de repente, mas as pessoas não pararam de se mexer e quando ele voltou a filmar, a ação que havia resultado na filmagem era diferente da ação que ele havia filmado, era o início dos efeitos especiais. A esta trucagem ele deu o nome de stop-action. Criou várias outras como perspectiva forçada, múltiplas exposições ou filmagens em alta e baixa velocidade.
Ao contrário dos irmãos Lumière, Méliès não via somente o potencial documental do cinematógrafo. É considerado o pai do cinema ficcional e o primeiro a entender a linguagem cinematográfica como arte. Seus filmes não retratavam a realidade, eram grandes fantasias, bem elaboradas e repletas de efeitos especiais.
Dentre os mais famosos estão: Le voyage dans la lune (Viagem à lua) de 1902, baseado no romance e Julio Verne e até hoje celebrado. É considerado a primeira ficção cientifica de todos os tempos. Também filmou le manoir du diable 1896; la lune à un mètre 1898; Cinderella-1899; voyage a travers l'impossible - 1904 e muitos outros. Possui mais de 500 obras em sua filmografia.
D.W. Griffith disse sobre Méliès "Eu devo tudo a ele". Charles Chaplin disse "Era o alquimista a luz". Porem apenas cinco anos após lançar seu filme de maior sucesso encontrava-se falido. O Teatro “Robert-Houdin” fechara por ocasião da I Guerra Mundial e seu teatro de variedades (que ele havia criado em 1915) declarou falência em 1923.
Como vários grandes artistas não teve o reconhecimento devido em vida e muitas de suas obras foram vendidas para fábricas de celulóide e transformadas em sapatos para soldados. No término de sua vida encontrava-se na pobreza. Hoje é considerado como um dos pais do cinema, sendo o primeiro a tratá-lo como arte.
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