Vivien Leigh foi uma consagrada atriz britânica nascida na Índia do Império Britânico. Considerada uma das mais belas personalidades do século XX, Leigh está presente na lista feita pelo Instituto Americano de Cinema das 50 maiores lendas do cinema, ocupando a 16a posição.
Aos seis anos de idade, sua mãe, Gertrude, decidiu interná-la no Convento do Sagrado Coração, ainda que ela fosse dois anos mais nova que qualquer outra aluna. O único conforto para a criança solitária era um gato que vagava pelo pátio do convento, e que as freiras a deixaram levar para o dormitório.
Sua primeira e melhor amiga na escola era uma menina de 8 anos, que mais tarde também se tornaria estrela: Maureen O'Sullivan, que viera da Irlanda. Na quietude do convento, as duas brincavam de recriar os lugares que haviam deixado, e imaginavam como seriam os que desejavam visitar. Lá, ela se destacou na dança, no violoncelo e nas peças de final de ano.
De 1927 a 1932, ela se juntou aos pais na Europa. Os Hartley haviam deixado definitivamente a Índia, onde Vivian nascera. Ela aprendeu a falar fluentemente o francês e o alemão, além de fazer um curso de dicção. Em 1932, aos 18 anos, entrou na Academia Real de Artes Dramáticas de Londres; surpreendentemente, no entanto, ela saiu no outono do mesmo ano, quando decidiu se casar.
Vivian conhecera e se apaixonara pelo jovem advogado Hebert Leigh Holman, de 31 anos, e os dois se casaram em 20 de dezembro de 1932. Logo em seguida, em 1933, nasceu Suzanne Holman, a filha do casal. Depois, retornou à Academia Real de Artes Dramáticas de Londres para concluir seus estudos e se tornar uma atriz.
Vivian fez teste e foi escolhida para um pequeno papel num filme chamado Things Are Looking Up (1935). Embora o papel fosse pequeno, chamou a atenção de um empresário, John Glidden, do qual ela se tornou cliente. Depois, no mesmo ano, veio um filme barato: The Village Squire. John Glidden também criou um nome artístico para Vivian, usando o primeiro nome dela e um sobrenome do marido. Pouco depois, o produtor Sidney Carroll sugeriu que a letra "a", nome Vivian, fosse substituído por uma letra "e", para dar mais feminilidade.
Suas aparições no cinema foram relativamente poucas, mas marcantes o suficiente a ponto de ter vencido o Oscar de melhor atriz duas vezes: a primeira por interpretar Scarlett O'Hara no drama...E o vento levou, de 1939, e a segunda pela atuação em outro filme dramático, Uma rua chamada pecado, de 1951, onde interpretou o papel de Blanche DuBois, a mesma personagem a qual deu vida nos palcos do West End, em Londres.
Vivien frequentemente fazia colaborações com seu marido, o também ator, e diretor Laurence Olivier. Durante mais de trinta anos como atriz de teatro, ela se mostrou bastante versátil, interpretando desde heroínas das comédias de Noel Coward e George Bernard Shaw às personagens dos dramas clássicos de Shakespeare.
Aclamada por sua beleza e talento, tornou-se uma atriz exaltada e celebrada. Leigh esteve afetada por um distúrbio bipolar durante a maior parte de sua vida adulta, e seu humor era quase sempre não entendido pelos diretores, o que a fez ganhar a reputação de ser uma atriz difícil. Diagnosticada com tuberculose crônica na metade da década de 1940, Vivien se tornou uma pessoa enfraquecida a partir de então.
Ela e Laurence Olivier se divorciaram em 1960, a partir daí, a atriz continuou a trabalhar esporadicamente no cinema e no teatro. Ela ensaiava A Delicate Balance, de Edward Albee, em Londres, quando teve uma recaída (causada pela tuberculose que a atormentava havia décadas) e morreu, em 7 de julho de 1967, aos 53 anos quando, além de sua filha, ainda viviam sua mãe e avó. Na época, ela estava morando com o ator John Merivale. Seu corpo foi cremado e suas cinzas espalhadas no Lago no moinho Tickerage, perto de Blackboys, Sussex na Inglaterra.
Mostrar mais: