Título: Os Sete Samurais
Título Original: 七人の侍 (Shichinin no Samurai)
Ano: 1954
Direção: Akira Kurosawa
Roteiro: Akira Kurosawa, Shinobu Hashimoto, Hideo Oguni
Gênero: Ação/Aventura/Drama
Nacionalidade: Japão

Sinopse:
No Japão feudal do século XVI, uma aldeia de camponeses pobres vive aterrorizada pela promessa de retorno de quarenta bandidos após a colheita. Sem nada além de arroz para oferecer, os camponeses partem em busca de samurais famintos dispostos a lutar por comida. Encontram Kambei, um ronin sábio e exausto da guerra, que aceita o desafio e recruta outros seis guerreiros tão diferentes quanto formidáveis – do espadachim frio e perfeito ao selvagem Kikuchiyo, que esconde um segredo devastador. Quando os sete chegam à aldeia, as barreiras de classe explodem, amores proibidos nascem e a preparação para a batalha final revela que talvez os verdadeiros monstros não sejam apenas os bandidos. Quem sobreviverá quando a chuva de flechas cair?

Prêmios:

• Venceu o Leão de Prata no Festival de Veneza de 1954 (Akira Kurosawa).
• Indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1954.
• Venceu o Prêmio Mainichi de Cinema de 1955 de Melhor Ator Coadjuvante (Seiji Miyaguchi).
• Indicado ao Oscar de 1957 nas categorias de Melhor Direção de Arte – Preto e Branco (So Matsuyama) e Melhor Figurino – Preto e Branco (Kohei Ezaki).
• Indicado ao BAFTA de 1956 nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Estrangeiro (Toshiro Mifune) e Melhor Ator Estrangeiro (Takashi Shimura).
• Venceu o Prêmio Jussi de 1959 de Melhor Diretor Estrangeiro (Akira Kurosawa) e Melhor Ator Estrangeiro (Takashi Shimura).
• Eleito o 2º maior filme japonês de todos os tempos pela Kinema Junpo em 2009.

Curiosidades:

• O filme é consistentemente classificado entre os maiores da história do cinema: 100% de aprovação no Rotten Tomatoes (média 9.6/10), 98/100 no Metacritic, 20º lugar na pesquisa de críticos da Sight & Sound 2022 (BFI), e eleito o maior filme em língua não-inglesa de todos os tempos pela BBC em 2018 com 100 críticos de 43 países.
• Sua estrutura narrativa – “recrutar uma equipe de especialistas para uma missão impossível” – tornou-se conhecida mundialmente como “arco dos Sete Samurais” e foi copiada em centenas de filmes, de The Magnificent Seven (1960 e 2016) a A Bug's Life (1998), Star Wars (1977), Rogue One (2016), The Mandalorian (episódio “Sanctuary”) e até Rebel Moon (2023), que Zack Snyder admitiu ser “Os Sete Samurais no espaço”.
• George Lucas citou repetidamente o filme como influência direta em Star Wars: os camponeses viraram rebeldes, os samurais viraram jedi, e a cena de limpeza do sabre de luz após batalha foi inspirada na forma como Kyuzo limpa a lâmina. Lucas tornou-se amigo pessoal de Kurosawa e ajudou financeiramente o diretor nos anos 1980.
• Steven Spielberg declarou que é o seu filme favorito de todos os tempos e possui uma cópia original em 35mm em sua coleção pessoal.
• Martin Scorsese incluiu-o na sua lista dos 39 filmes estrangeiros essenciais para jovens cineastas.
• Quentin Tarantino chamou Toshiro Mifune de “o maior ator da história do cinema” e baseou vários personagens nele.
• A produção foi a mais cara da história japonesa até então (orçamento triplicou), quase foi cancelada duas vezes pela Toho, que chegou a fechar as filmagens; Kurosawa respondia indo pescar calmamente, sabendo que o estúdio não ousaria perder o investimento já feito.
• Kurosawa construiu uma aldeia inteira em escala real na península de Izu só para poder filmar com autenticidade, recusando-se a usar os estúdios da Toho, e usou pela primeira vez três câmeras simultâneas nas cenas de batalha, técnica que virou padrão em cinema de ação moderno.
• Originalmente o roteiro previa apenas seis samurais; o sétimo personagem, Kikuchiyo, foi criado especificamente para Toshiro Mifune dar humor e humanidade à história, e Mifune improvisou grande parte das cenas, inclusive a famosa sequência em que rouba a armadura.
• A batalha final foi filmada em fevereiro, com temperaturas abaixo de zero e chuva artificial congelante; os atores sofriam de hipotermia, mas Kurosawa exigiu realismo total – o que resultou em uma das sequências de combate mais influentes já feitas.
• Roger Ebert incluiu o filme na sua lista “Great Movies” e escreveu: “Os Sete Samurais nunca envelhece; a cada revisão parece mais moderno e mais urgente”.
• Andrei Tarkovsky colocou-o entre seus dez filmes favoritos da vida.
• Empire magazine elegeu-o o melhor filme de cinema mundial de todos os tempos em 2010.
• O filme foi o maior sucesso comercial japonês de 1954, superando até Godzilla no mesmo ano, e continua sendo o título mais vendido em home video da BFI até hoje.
• Akira Kurosawa criou dossiês completos para cada personagem, inclusive para os 101 aldeões extras, com árvores genealógicas, gostos pessoais e traumas, algo inédito no cinema japonês e que influenciou profundamente o método de atuação em grandes produções posteriores.

Elenco:

Takashi Shimura	Kambei Shimada
Toshiro Mifune	Kikuchiyo
Yoshio Inaba	Gorobei Katayama
Seiji Miyaguchi	Kyuzo
Minoru Chiaki	Heihachi Hayashida
Daisuke Kato	Shichiroji
Isao Kimura	Katsushiro Okamoto
Keiko Tsushima	Shino
Kamatari Fujiwara	Manzo
Yoshio Tsuchiya	Rikichi
Bokuzen Hidari	Yohei
Yukiko Shimazaki	Esposa de Rikichi
Kokuten Kodo	Gisaku
Yoshio Kosugi	Mosuke
Shinpei Takagi	Chefe dos bandidos
Eijiro Tono	Ladrão
Jun Tatara	Coolie
Sachio Sakai	Coolie